Kubernetes seguro de verdade? Só se você testar como os atacantes testam

por | junho 2025 | Sem Categoria | 0 Comentários

Se você trabalha com segurança, sabe: proteger ambientes Kubernetes não é mais sobre “checklist” de configuração. É sobre sobreviver em um cenário onde ameaças evoluem diariamente, os clusters são alvos valiosos e as falhas, quando acontecem, não aparecem primeiro num relatório bonito — aparecem quando já é tarde. 

A Cymulate mergulhou fundo nessa realidade, rodando simulações de ataques reais contra ambientes Kubernetes nos maiores provedores de nuvem (AWS, Azure e GCP). E os resultados foram um puxão de orelha para todo time de DevSecOps e arquitetos de nuvem: os recursos nativos de segurança das nuvens não cobrem nem metade das ameaças reais. 

Quer entender por quê? Vamos detalhar. 

O que está em jogo no Kubernetes? 

O Kubernetes virou o coração de arquiteturas modernas: microserviços, aplicações distribuídas, escalabilidade. Mas com grande poder vem… um baita risco. 

A superfície de ataque é gigantesca: permissões mal configuradas (RBAC), workloads não monitorados, escalonamento de privilégios, segredos mal armazenados. Um pequeno deslize pode abrir a porta para vazamento de dados, movimentos laterais ou tomada completa do cluster. 

E o que a pesquisa da Cymulate mostrou é que, mesmo com ferramentas como GuardDuty (AWS), Cloud Defender (Azure) e Security Command Center (GCP), menos de 50% dos ataques simulados foram detectados. Isso inclui táticas clássicas do MITRE ATT&CK, como escalonamento de privilégios, evasão de defesa, persistência e fuga de containers. 

Onde os times falham? 

RBAC frouxo: Permissões exageradas, como bindings para usuários anônimos, passaram batido em 2 de 3 nuvens testadas. 

  • Namespace kube-system aberto: Execuções não detectadas no ambiente mais crítico do cluster. 
  • Containers privilegiados e hostPath exposto: Porta aberta para controle total do host. 
  • Capacidades Linux excessivas: Como SYS_ADMIN, permitindo comandos perigosos direto no host. 
  • Persistência sorrateira: Ferramentas como nohup e useradd funcionando sem alertas. 
  • Segredos expostos: Tokens e configs sensíveis encontrados em variáveis de ambiente. 
  • Evasão de logs: Atores maliciosos apagando histórico e registros sem serem detectados. 

Ou seja, não adianta confiar cegamente nas camadas básicas de segurança do provedor. 

Como construir uma defesa que realmente segura a barra? 

A Cymulate defende um caminho claro: 

  • Bloqueie RBAC com controle granular, sem permissões desnecessárias; 
  • Trate o kube-system como cofre, não como playground; 
  • Audite e restrinja containers privilegiados e volumes hostPath; 
  • Remova capacidades Linux desnecessárias por padrão; 
  • Aplique perfis AppArmor ou SELinux para barrar persistências suspeitas; 
  • Armazene segredos corretamente, nada de plaintext; 
  • Habilite logs imutáveis e monitore eventos de exclusão; 
  • E, o mais importante: valide tudo continuamente com simulações reais de ataque. 

Não dá mais para operar no “achismo”. Você precisa saber, de verdade, como suas defesas reagem — antes que alguém lá fora teste por você. 

Por que Cymulate faz diferença? 

A plataforma da Cymulate permite que você rode simulações seguras, baseadas em TTPs reais, para testar se suas defesas Kubernetes seguram ataques no mundo real. Não é sobre gerar medo — é sobre mostrar onde os pontos cegos estão, priorizar remediação e evoluir continuamente. 

Fonte: https://cymulate.com/blog/kubernetes-security-best-practices/