IA comportamental e redução real de MTTR: o que o caso da Darktrace ensina sobre o futuro da resposta a incidentes

por | outubro 2025 | Sem Categoria | 0 Comentários

A velocidade dos ataques cibernéticos não deixa espaço para respostas lentas. 

Grupos de ransomware e campanhas de phishing operam hoje em escala de segundos, não de horas ou dias, e esse é um ponto de inflexão para todo o ecossistema de cibersegurança. 

O caso recente de uma empresa de engenharia civil britânica ilustra bem essa mudança de era. Responsável por parte da infraestrutura rodoviária do Reino Unido, a companhia enfrentava o que muitas empresas conhecem bem: ferramentas legadas de segurança que não conseguiam acompanhar o ritmo do ataque. 

Os alertas por e-mail demoravam até 14 dias para aparecer, e os incidentes críticos levavam semanas para serem resolvidos. O resultado era previsível: fadiga de alertas, ruído operacional e risco acumulado. 

Quando o ataque é em “velocidade de máquina”, a defesa também precisa ser 

Foi nesse contexto que a empresa adotou a plataforma Darktrace ActiveAI Security, iniciando pelo módulo /EMAIL. 

A mudança foi drástica: o tempo de detecção, alerta e resposta caiu de semanas para segundos, enquanto o volume de e-mails hostis caiu para um terço do total anterior. 

O time de segurança recuperou de 8 a 10 horas de trabalho por semana graças à automação e ao bloqueio autônomo de phishing e malware. 

Com o sucesso inicial, a empresa expandiu o uso para Darktrace /NETWORK e /IDENTITY. O impacto financeiro foi direto: 

  • A necessidade de montar um SOC 24×7 com seis novos analistas, investimento estimado em £220 mil anuais, foi eliminada; 
  • O prêmio de ciberseguro foi reduzido, uma consequência natural da mitigação de risco comprovada. 
  • Mais importante: o time passou a usar o tempo antes gasto com triagem manual para projetos estratégicos e análise de ameaças reais. 

Por que o modelo da Darktrace é diferente 

Enquanto soluções tradicionais dependem de assinaturas, regras e atualizações constantes, a Darktrace baseia-se em IA de aprendizado autônomo. 

O algoritmo constrói um perfil comportamental único para cada usuário, dispositivo e processo dentro da rede. 

Quando algo se desvia desse padrão, um login fora de contexto, uma transferência de dados atípica, um anexo suspeito, o sistema reage em velocidade de máquina, sem precisar de regra prévia. 

É o que a Darktrace chama de Self-Learning AI: um modelo que aprende com a própria operação e detecta até ameaças inéditas, antes mesmo que existam indicadores de comprometimento públicos. 

O próximo passo: visibilidade contínua da exposição 

O Information Security Manager da empresa britânica destacou um ponto crucial: a frustração com testes de penetração anuais, que se tornam obsoletos no dia seguinte à execução. 

A resposta está na automação contínua, e é aqui que entra o Darktrace / Proactive Exposure Management, solução que promete análise diária das superfícies de ataque e priorização por risco real. 

A lógica é simples: se o atacante não para, a visibilidade do defensor também não pode parar. 

O que o mercado brasileiro pode aprender com isso 

O aprendizado central é que a detecção e resposta baseadas em regras estão perdendo eficácia. 

A próxima geração de cibersegurança já é comportamental, autônoma e contextual. 

Para os parceiros e integradores, isso representa uma oportunidade concreta: entregar valor mensurável ao cliente por meio de indicadores de redução de MTTR, economia operacional e evidências de risco mitigado, métricas que já dialogam diretamente com seguradoras e compliance. 

A integração de módulos como /EMAIL, /NETWORK e /IDENTITY também redefine o modelo de SOC tradicional: 

Em vez de escalar mão de obra, as empresas escalam inteligência. 

O foco passa de “detectar mais” para “responder melhor e mais rápido”. 

O caso britânico mostra que a IA comportamental já é uma realidade operacional, não mais um conceito de laboratório. 

Enquanto as ameaças se movem em milissegundos, a defesa precisa ser igualmente autônoma e adaptável. 

A Darktrace provou que é possível reduzir tempo de resposta, custo e exposição, e que o uso inteligente de IA pode transformar o SOC de reativo em proativo. 

Para o ecossistema de parceiros da M3Corp, a mensagem é clara: o futuro da cibersegurança será decidido pela velocidade da resposta. 

E essa velocidade agora tem um novo nome: inteligência autônoma. 

 

Fontes 

1. Darktrace – Estudo de Caso Oficial – How a Major Civil Engineering Company Reduced MTTR across Network, Email and the Cloud with Darktrace 

2. Darktrace – Proactive Exposure Management (Página de Produto) 

3. Darktrace – Reconhecimento Gartner – Darktrace Recognized as a Leader in the 2025 Gartner® Magic Quadrant™ for Network Detection and Response 

4. Darktrace – Cyber AI / Self-Learning AI (Visão Tecnológica) 

5. Darktrace – Benefícios de Darktrace / EMAIL