Multas de compliance são vistas como ameaças internas mais desafiadoras; confira pesquisa da Security Compass

por | agosto 2023 | Sem Categoria | 0 Comentários

No atual cenário de cibersegurança, cada vez mais complexo e volátil, a modelagem de ameaças desempenha um papel crucial na identificação, avaliação e mitigação de potenciais vulnerabilidades de segurança em sistemas de software. No entanto, à medida que a tecnologia avança, também devem avançar as abordagens para protegê-la contra ameaças cada vez mais sofisticadas. Neste contexto, a pesquisa “The 2023 State of Threat Modeling”, conduzida pela Security Compass, fornece insights valiosos e evidências importantes para a compreensão do estado atual da modelagem de ameaças.

Esta pesquisa explora as principais tecnologias em risco, o tempo necessário para a modelagem de ameaças e como as empresas podem construir eficiências no processo de modelagem de ameaças, de forma a impactar positivamente os lançamentos de software, identificando e abordando vulnerabilidades logo no início do processo de desenvolvimento. Ela também lança luz sobre metodologias e ferramentas emergentes que auxiliam na escalabilidade da modelagem de ameaças em diferentes aplicações.

No centro desta discussão, destaca-se um ponto de preocupação expressivo: as multas de compliance. Consideradas como uma das ameaças internas mais desafiadoras pelas organizações, elas representam um ponto crucial na estratégia de modelagem de ameaças e, como tal, serão abordadas em detalhes neste artigo.

O Estado da Modelagem de Ameaças em 2023

A modelagem de ameaças continua sendo uma prioridade-chave para a maioria das funções de desenvolvimento de software em grandes empresas nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Mesmo com o avanço tecnológico constante, o processo de modelagem de ameaças se mantém essencial na manutenção da segurança das aplicações.

O relatório da Security Compass revela que, enquanto a porcentagem de empresas que realizam a modelagem de ameaças apenas uma vez permaneceu estática, há uma tendência em crescimento de companhias que estão incorporando este processo anualmente, em vez de a cada lançamento de software. Isso indica um reconhecimento crescente da necessidade de abordagens mais sistemáticas e regulares para identificar e mitigar potenciais riscos de segurança.

Ao mesmo tempo, a pesquisa mostra que não há uniformidade na maneira como as empresas realizam a modelagem de ameaças, seja dentro de um setor específico ou entre setores diferentes. Isso sugere a necessidade de desenvolver melhores práticas padronizadas que possam ser adotadas amplamente, garantindo uma abordagem mais consistente e eficaz.

Neste cenário, o relatório também ressalta a necessidade crescente de eficiência neste processo. As empresas estão procurando maneiras de economizar tempo sem comprometer a qualidade ou a extensividade da modelagem de ameaças. Uma maneira eficaz de alcançar isso, como sugere a pesquisa, é através da automação, que pode substituir processos manuais e reduzir a possibilidade de erro humano.

Participação na Modelagem de Ameaças

A modelagem de ameaças não é um processo solitário. Pelo contrário, ela requer a colaboração de várias partes interessadas para ser eficaz. Desenvolvedores, analistas de segurança, arquitetos de software e outras funções unem-se para entender e abordar os riscos de segurança inerentes às suas aplicações.

No entanto, a pesquisa da Security Compass indica que não existe uma consistência clara, seja dentro ou entre os setores, sobre quantas pessoas e quais papéis devem estar envolvidos na modelagem de ameaças. É lógico que os desenvolvedores estejam envolvidos, dado o seu papel crucial na criação das aplicações que estão sendo analisadas. No entanto, a pesquisa revela que existem lacunas significativas na participação de consultores externos e arquitetos de software.

Essas lacunas sugerem a necessidade de um envolvimento mais amplo e diversificado nas atividades de modelagem de ameaças. Consultores externos, por exemplo, podem trazer uma perspectiva valiosa, capaz de identificar vulnerabilidades que podem não ser evidentes para aqueles que estão muito envolvidos no desenvolvimento do sistema. Da mesma forma, arquitetos de software possuem um entendimento profundo da estrutura e funcionamento do software, o que pode ser inestimável na identificação de possíveis vulnerabilidades.

Tecnologias e Abordagens na Modelagem de Ameaças

A modelagem de ameaças requer uma abordagem meticulosa e bem planejada, que é, muitas vezes, guiada pelo tipo de tecnologia e ferramentas que uma organização decide empregar. A pesquisa da Security Compass indica que, para empresas com receita abaixo de 1 bilhão de dólares, as abordagens diagramáticas para a modelagem de ameaças são as mais prevalentes. No caso de grandes empresas, com receita acima de 1 bilhão de dólares, as abordagens diagramáticas estão em pé de igualdade com a metodologia STRIDE.

Além disso, ferramentas comerciais automatizadas se destacam como as principais soluções utilizadas em empresas de médio a grande porte. Isso inclui, sem dúvida, o uso de software gratuito, como a ferramenta de modelagem de ameaças da Microsoft. Essa tendência sugere uma aceitação crescente da importância da automação no processo de modelagem de ameaças.

Dentre essas ferramentas automatizadas, destacamos a solução SD Elements da Security Compass, parceira da M3Corp. Essa ferramenta proporciona uma abordagem eficiente e sistemática para a modelagem de ameaças, fornecendo uma plataforma que integra perfeitamente a segurança e o compliance ao ciclo de vida do desenvolvimento de software.

Entretanto, apesar dos avanços em termos de tecnologia e metodologia, a pesquisa revela que a maioria das organizações não vê a modelagem de ameaças como uma solução para todas as vulnerabilidades de alto risco. Isso sublinha a necessidade de uma abordagem holística da cibersegurança, que vai além da modelagem de ameaças e envolve uma série de outras estratégias e ferramentas.

Multas de Compliance como Ameaças Internas Desafiadoras

A cibersegurança vai além da simples proteção contra ameaças externas; muitas vezes, as maiores ameaças podem vir de dentro da própria organização. Uma das principais ameaças internas identificadas pela pesquisa da Security Compass são as multas de compliance. As empresas, especialmente as de grande porte, veem essas multas potenciais como uma das maiores ameaças internas, juntamente com os desafios de escalabilidade.

As multas de compliance representam o risco de penalidades financeiras significativas se uma empresa não cumprir os regulamentos de cibersegurança estabelecidos pelos órgãos de supervisão. Além disso, elas podem prejudicar a reputação da empresa, o que pode ter um impacto duradouro e possivelmente mais prejudicial do que a própria multa.

Evitar essas multas exige um profundo entendimento das normas de compliance aplicáveis e uma abordagem proativa para garantir que todas as aplicações e sistemas da empresa estejam em conformidade. Isso pode ser desafiador, pois os regulamentos podem ser complexos e variar entre regiões e setores.

As organizações precisam ir além, estabelecendo uma cultura de compliance que permeie todos os níveis da empresa e investindo em treinamento e educação para garantir que todos os funcionários entendam a importância da conformidade e saibam como contribuir para ela.

O Tempo Requerido para a Modelagem de Ameaças

Embora a modelagem de ameaças seja um componente essencial da estratégia de cibersegurança, é um processo que requer tempo e recursos consideráveis. Segundo a pesquisa da Security Compass, a etapa mais demorada da modelagem de ameaças é a fase de diagramação e preenchimento de pesquisas. Comunicar os resultados também exige um tempo significativo.

O estudo revela que pouco mais da metade (53%) das empresas constatam que a modelagem de ameaças impacta as liberações de software em vários dias, mas menos do que uma semana. Isso indica que, embora a modelagem de ameaças possa atrasar o lançamento de um software, o impacto geral no tempo de lançamento é gerenciável na maioria dos casos.

Entretanto, é importante salientar que esse tempo investido na modelagem de ameaças não é tempo perdido. Pelo contrário, é um investimento valioso na segurança e na robustez do software, ajudando a identificar e corrigir vulnerabilidades antes que elas se tornem um problema. De fato, mais da metade (56%) das empresas acredita que ganham entre 11% e 25% em receita pelos esforços aplicados na modelagem de ameaças em suas atividades de desenvolvimento.

O Valor da Automação na Modelagem de Ameaças

A automação pode desempenhar um papel crítico em vários aspectos da modelagem de ameaças. Ela pode agilizar o processo de identificação e avaliação de riscos, ajudar a garantir que todos os riscos sejam devidamente considerados e reduzir a possibilidade de erro humano. Além disso, as ferramentas de automação podem facilitar a comunicação e o gerenciamento de riscos, tornando mais fácil para as equipes de desenvolvimento e segurança trabalharem juntas para mitigar as vulnerabilidades.

O SD Elements da Security Compass é um exemplo de uma ferramenta que incorpora automação à modelagem de ameaças. Ele integra considerações de segurança e compliance ao longo do ciclo de vida do desenvolvimento de software, o que permite que as equipes identifiquem e abordem as vulnerabilidades de segurança desde o início do processo de desenvolvimento. Isso não só economiza tempo, mas também ajuda a garantir que todos os possíveis riscos de segurança sejam devidamente considerados.

No entanto, embora a automação possa trazer muitos benefícios, é importante lembrar que ela não substitui a necessidade de habilidades humanas e de uma abordagem estratégica à cibersegurança. As ferramentas de automação são mais eficazes quando utilizadas em conjunto com uma forte cultura de segurança, treinamento adequado e uma compreensão clara dos riscos e vulnerabilidades que uma organização enfrenta.

Sobre a Security Compass e a Solução SD Elements

O SD Elements se destaca por sua capacidade de escalar de acordo com as necessidades de uma organização, tornando-o uma escolha ideal para empresas de todos os tamanhos. Ele pode ser usado para modelar ameaças para uma única aplicação, ou pode ser usado para gerenciar riscos de segurança em escala corporativa.

Ao oferecer uma visão clara dos riscos de segurança e fornecer ferramentas para gerenciar esses riscos de forma eficaz, o SD Elements ajuda as organizações a proteger seus ativos valiosos, evitar penalidades de conformidade e melhorar a confiança dos clientes. Através da parceria com a M3Corp, a Security Compass e o SD Elements continuam a avançar na proteção de organizações contra ameaças cibernéticas, contribuindo para um futuro mais seguro para todos.