Outubro é o Mês da Cibersegurança e, em 2025, essa data chega com um peso inédito.
O tema deixou de ser apenas um lembrete de boas práticas para se tornar um chamado urgente à ação em um país que figura simultaneamente entre os maiores investidores e os mais atacados do mundo digital. Para o canal de tecnologia este é o momento de liderar a virada: transformar conscientização em estratégia, e estratégia em resultados reais de segurança para os clientes.
Um Brasil conectado e vulnerável
O mercado de cibersegurança brasileiro deve movimentar US$3,68 bilhões em 2025, com crescimento médio anual superior a 10% até 2030, segundo estudo da Mordor Intelligence.
Entre 2025 e 2028, o país deve investir cerca de R$104,6 bilhões em soluções e infraestrutura de proteção, de acordo com a FEBRABAN Tech.
Mas o dado mais importante é o contraponto: quanto mais o Brasil investe, mais se torna alvo. O país já é o 12º maior mercado de cibersegurança do mundo, mas também um dos mais visados por ataques, com alta concentração de tentativas de invasão, fraudes e campanhas de ransomware.
Relatórios recentes apontam o crescimento acelerado das ameaças automatizadas e das falhas de postura de segurança, especialmente em APIs, ambientes em nuvem e integrações baseadas em inteligência artificial. Segundo o “Panorama do Risco Cibernético 2025”, da Vultus, as brechas mais exploradas estão justamente nas conexões digitais criadas às pressas, sem autenticação forte ou visibilidade completa do tráfego.
Reguladores e atacantes em ritmo diferente
Enquanto o Banco Central publica resoluções que apertam a governança sobre provedores de tecnologia (como a BCB 498/2025 e a Instrução 664, que definem prazos de adequação para PSTIs), e a ANPD intensifica a fiscalização de incidentes e vazamentos sob a LGPD, o submundo digital não desacelera.
Os relatórios do primeiro semestre de 2025 mostram mais de 314 bilhões de atividades maliciosas direcionadas ao Brasil apenas no primeiro semestre, um volume que coloca o país entre os três mais atacados da América Latina.
A dissonância é clara: a regulação avança em ritmo jurídico, mas os cibercriminosos se movem em ritmo de automação. Nesse cenário, o papel do canal é intermediar velocidade com estrutura, oferecer soluções que permitam compliance e resposta em tempo real.
O papel estratégico do canal em 2025
Ser parceiro de cibersegurança em 2025 é muito mais do que vender firewall ou antivírus. É ser o elo que conecta tecnologia, compliance e continuidade de negócios.
As empresas esperam dos parceiros propostas integradas, que combinem prevenção, detecção, resposta e evidência regulatória.
Isso significa falar de:
API Security e IA Segura: a integração entre agentes de IA e aplicações corporativas é o novo vetor de risco, e precisa de visibilidade e validação contínuas.
Postura e exposição: gestão de vulnerabilidades, automação de correções e backups imutáveis.
Governança e conformidade: LGPD, ISO 27001, Resolução BCB 498 e políticas de PSTIs exigem trilhas de auditoria completas e retenção controlada de dados.
Cultura de segurança: cada cliente precisa de um plano de conscientização, resposta a incidentes e avaliação periódica de riscos.
A boa notícia é que o canal brasileiro está mais preparado do que nunca. Distribuidores de valor, como a M3Corp, vêm investindo fortemente em capacitação técnica e portfólio especializado, com soluções que cobrem desde API Security e proteção de dados até EDR/XDR e resposta a incidentes.
No portfólio da M3Corp estão fabricantes líderes como Salt Security, CrowdStrike, Qualys, SonicWall, Veracode, Armis, Arcserve, Varonis, AlgoSec e Darktrace, um ecossistema de tecnologias complementares que permite ao canal entregar segurança de ponta a ponta, alinhada às necessidades e à maturidade das empresas brasileiras.
De conscientização a ação
O Mês da Cibersegurança não é mais sobre lembrar que segurança é importante. É sobre agir com método, previsibilidade e escala.
É hora de o canal brasileiro assumir a dianteira, traduzindo regulação, ameaça e oportunidade em planos concretos de proteção.
Outubro é o momento ideal para revisar contratos, ativar campanhas de conscientização nos clientes e preparar o portfólio de 2026 com soluções que unam resiliência, conformidade e inteligência.
Porque a pergunta não é mais se as empresas serão atacadas, e sim quando.
E, quando isso acontecer, quem estiver preparado com o suporte certo, o parceiro certo e a arquitetura certa vai transformar risco em confiança.
Fontes
Mordor Intelligence – Brazil Cybersecurity Market (2025–2030): tamanho do mercado e CAGR.
FEBRABAN Tech – Brasil deve investir R$ 104,6 bi em cibersegurança até 2028 (base Brasscom).
TecMundo – Brasil é destaque em investimento, mas continua muito visado; 12º maior mercado (resumo de relatório Brasscom).
Vultus – Panorama do Risco Cibernético 2025 (Brasil): principais vetores e exposição.
Gartner (via ABES) – Principais tendências de cibersegurança para 2025 (GenAI, identidade de máquinas, etc.).
Ivanti – State of Cybersecurity 2025 / Tech at Work 2025: lacunas de postura e exposição.
Fortinet – 2025 Global Threat Landscape Report: escala e automação dos ataques (PDF).
Banco Central do Brasil – Resolução BCB nº 498/2025 (PSTIs) e comunicado oficial sobre medidas de segurança.
LegisWeb – Resolução BCB nº 498/2025 (consolidação para consulta).
TeleSíntese / FEBRABAN Tech – Investimentos, escassez de profissionais e cenário de ataques no país.
TI Inside – Brasil registra explosão de ataques no 1º semestre de 2025.


