Quando se trata de segurança de aplicações, identificar e mitigar riscos é essencial para manter a integridade e a continuidade dos sistemas. Seguir uma abordagem estruturada para avaliação de risco pode ajudar as empresas a priorizar vulnerabilidades e alocar recursos de forma eficiente. Abaixo, apresentamos uma lista de verificação em 7 etapas, baseada na solução vRx da Vicarius, que oferece orientações técnicas para uma análise eficaz de riscos.
1. Identifique o contexto da aplicação
Para entender o ambiente de segurança de uma aplicação, é crucial ter uma visão clara da sua arquitetura, dados sensíveis e interações com outros sistemas.
Mapeamento arquitetural: Documente a arquitetura da aplicação, incluindo APIs, bancos de dados e microserviços.
Análise de fluxo de dados: Visualize o fluxo de dados para identificar possíveis limites de segurança.
Classificação de usuários: Avalie os diferentes níveis de acesso e o impacto sobre a Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade (CIA).
2. Avalie vulnerabilidades conhecidas
Vulnerabilidades conhecidas são um ponto de partida para avaliar riscos. Utilize ferramentas e bases de dados para identificar e verificar a aplicação de patches.
Escaneamento automatizado: Use ferramentas como OWASP ZAP e Nessus para escaneamentos automatizados, com base em CVEs.
Integração com bases de vulnerabilidades: Verifique bancos de dados, como NVD e MITRE, para assegurar cobertura completa.
Análise de patches: Avalie o status dos patches aplicados e verifique se existem vulnerabilidades sem correção.
3. Análise de inteligência de ameaças
A integração com plataformas de inteligência de ameaças permite a correlação de dados de ameaças em tempo real com as vulnerabilidades da aplicação.
Integração de inteligência de ameaças: Agregue dados de ameaças em tempo real para analisar o contexto de cada vulnerabilidade.
Pontuação de exploitabilidade: Utilize métricas de risco, como o CVSS, para priorizar vulnerabilidades com base em seu potencial de exploração.
Análise de tendências históricas: Examine ataques passados para prever possíveis vetores de exploração.
4. Avalie conformidade e requisitos regulatórios
A conformidade é essencial para aplicações que processam dados sensíveis, especialmente em setores regulamentados. Avalie a aplicação em relação às exigências de conformidade.
Mapeamento de conformidade: Vincule funcionalidades da aplicação a exigências regulatórias, como PCI DSS para pagamentos.
Avaliação de frameworks de controle: Compare os controles implementados com frameworks como NIST e ISO 27001 para identificar lacunas.
Verificação de trilhas de auditoria: Confirme que a aplicação mantém um histórico adequado para auditorias.
5. Revise dados e tendências históricas
Analisar incidentes passados e padrões de resposta auxilia na identificação de riscos e na otimização da segurança da aplicação.
Análise de resposta a incidentes: Revise incidentes anteriores para identificar vulnerabilidades exploradas no mundo real.
Avaliação de métricas: Utilize relatórios de tendências para avaliar o tempo de aplicação de patches e o tempo de resposta a incidentes.
Avaliação de drift de configuração: Identifique mudanças não autorizadas na configuração que podem representar riscos.
6. Realize análise binária
A análise binária fornece informações sobre vulnerabilidades ocultas nos códigos binários da aplicação, incluindo as bibliotecas de terceiros.
Análise estática e dinâmica: Aplique testes de segurança estáticos (SAST) e dinâmicos (DAST) para encontrar vulnerabilidades no código e no comportamento da aplicação.
Análise de composição binária: Identifique dependências desatualizadas e vulneráveis em bibliotecas de terceiros.
Detecção de ameaças em tempo de execução: Implemente RASP para detectar e mitigar ameaças enquanto a aplicação está em execução.
7. Engaje stakeholders na avaliação de risco
O envolvimento de todos os stakeholders — engenheiros, desenvolvedores e equipes de segurança — é crucial para uma avaliação de risco bem-sucedida.
Workshops interfuncionais: Realize sessões de colaboração com todas as áreas envolvidas para uma compreensão mais ampla.
Definição de workflows de remediação: Estabeleça fluxos claros para remediação de vulnerabilidades com o suporte de todas as partes.
Padronização de documentação: Centralize e padronize a documentação de riscos e medidas de remediação.
A importância da avaliação contínua
A segurança de aplicações exige atenção constante. Agendar avaliações regulares e utilizar ferramentas automáticas, como o vRx da Vicarius, torna o processo mais eficiente e reduz a probabilidade de exploração de novas vulnerabilidades. Ao consolidar avaliações e fornecer inteligência acionável, o vRx oferece uma abordagem proativa para manter a segurança robusta e adaptada aos riscos emergentes.
Essas sete etapas não só ajudam a identificar e mitigar riscos, mas também fortalecem a postura de segurança da organização, protegendo dados sensíveis e minimizando o potencial de violações.
Fonte:https://www.vicarius.io/articles/seven-step-application-risk-assessment-checklist