Quando mais de um terço das empresas admitem ter sido violadas por um ataque cibernético, não é surpresa que a segurança cibernética esteja no topo dos rankings anuais de risco de negócios.
O quadro atual é especialmente preocupante. Apenas 34% das empresas adotaram uma estratégia de segurança cibernética que acreditam que as protegerá em caso de ataques futuros, enquanto 21% não têm nenhuma estratégia, de acordo com a pesquisa da RSM International.
Transformação digital traz grandes responsabilidades
A entrada numa fase de transformação digital implica novos requisitos de formação e avaliações de risco, em que as empresas são, portanto, aconselhadas a endossar uma estratégia de cibersegurança.
Assim como conhecer alguém com resfriado cria a possibilidade de você pegar a doença, o aumento da conectividade cria mais oportunidades para os cibercriminosos introduzirem vírus nos sistemas. A transformação digital deve andar de mãos dadas com as medidas de segurança cibernética. Empresas que não investem na área, correm o risco de pagar o custo no futuro próximo.
À medida que o uso da tecnologia cresce, as empresas terão que lidar com ataques cibernéticos ainda mais sofisticados, nos quais, por exemplo, criminosos podem enganar os clientes para que façam pagamentos. A tecnologia Deep Fake, onde você pode imitar a aparência e a voz de qualquer pessoa usando tecnologia de IA, logo se tornará uma grande ameaça e tem o potencial de enganar seriamente o público em geral.
Para estar protegido contra ameaças potenciais, a chave para o sucesso é a preparação. Assim como a comparação com um resfriado, o ataque cibernético deve ser tratado como uma doença, na qual as empresas devem se concentrar em evitar o contágio.
Prevenir é melhor do que remediar
No atual cenário, o investimento em proteção de segurança cibernética é a abordagem mais econômica. O custo dos ataques de ransomware (por exemplo, o custo para liberar os arquivos e reconstruir o sistema de TI do zero após a exclusão) é muito maior do que recrutar especialistas em segurança de TI.
A falta de investimento na segurança cibernética é o equivalente a ter uma joia muito cara e nunca pensar em um sistema de alarme, porque você acha que o custo benefício não vale a pena. Pode ser que você nunca precise, mas se na hora errada não tiver, vai doer.
Outra boa preparação que as empresas podem adotar é fornecer treinamento aos funcionários. Quase metade dos ataques bem-sucedidos são direcionados a funcionários mal treinados por e-mail. Esse treinamento de segurança não deve se limitar a um seminário único e uma atualização do sistema. A manutenção e as atualizações de patches precisam ser realizadas à medida que as vulnerabilidades são reveladas ou um novo software é lançado.
Sem dúvida, o erro humano é inevitável e representa o maior risco de segurança para as empresas. Hackers são manipuladores habilidosos e bem versados em tirar proveito de nossa curiosidade por meio de e-mails de phishing cuidadosamente elaborados. É de vital importância garantir que a equipe saiba como reconhecer e responder se for alvo de ataques.
Como parte da chave para o sucesso, as empresas devem se concentrar em suas vulnerabilidades e áreas de risco. Quando você entende de onde pode ser atacado, pode preparar melhor seus negócios – trata-se de conhecer suas próprias vulnerabilidades e áreas de alto risco.
Por fim, é importante salientar que os usuários de uma rede devem sempre suspeitar de arquivos e e-mails recebidos. É aconselhável não clicar em links encurtados e sempre prestar atenção ao URL dos sites. A menos que seja uma organização legítima, as informações pessoais ou financeiras sobre a empresa nunca devem ser compartilhadas.
Também é recomendável a instalação de software antivírus, firewalls e filtros de phishing para evitar riscos potenciais de ataques cibernéticos.
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