Por que os ataques direcionados às APIs são diferentes?

por | agosto 2023 | Sem Categoria | 0 Comentários

Nesta era digital acelerada, a segurança cibernética é uma preocupação crescente para todas as organizações, independentemente do setor ou do tamanho. E, no centro dessa preocupação, estão os ataques direcionados às APIs (Interface de Programação de Aplicações). A ascensão da economia das APIs, em que os dados são compartilhados entre sistemas e organizações por meio de APIs, ampliou o foco dos cibercriminosos. Estes, atualmente, voltam cada vez mais suas atenções para as vulnerabilidades desses importantes canais de dados.

Nos últimos anos, temos visto uma onda crescente de ataques à API, ganhando atenção significativa devido a incidentes de alto perfil. Empresas mundialmente conhecidas, como Optus, Peloton, Experian, LinkedIn e Twitter, foram vítimas desses ataques, demonstrando que nenhuma organização está imune, independentemente de seu tamanho ou do valor dos dados que detém. É por isso que a proteção das APIs se tornou crucial para a sustentabilidade e crescimento dos negócios.

No entanto, entender por que esses ataques são diferentes e como podemos impedir sua ocorrência, é o primeiro passo para criar uma estratégia de segurança robusta e eficaz. Neste artigo, abordaremos as particularidades dos ataques direcionados às APIs, os riscos envolvidos e como a M3Corp, em parceria com a Salt Security, fornece soluções para enfrentar esses desafios.

Por que as APIs se tornaram um alvo principal para os cibercriminosos?

As APIs tornaram-se um alvo atraente para os cibercriminosos por várias razões.

Primeiramente, o uso de APIs explodiu nos últimos anos. APIs são a cola que conecta a economia digital, permitindo que diferentes sistemas de software se comuniquem e interajam entre si. Elas estão em todo lugar, de aplicativos de smartphones a dispositivos IoT, e a adoção generalizada de APIs criou uma grande superfície de ataque para os invasores. Cada API representa um potencial ponto de entrada para um sistema, e os cibercriminosos estão aproveitando ao máximo essa oportunidade.

Em segundo lugar, as APIs muitas vezes expõem grandes volumes de dados valiosos. Isso inclui Informações Pessoalmente Identificáveis (PII), como nomes, endereços e números de cartão de crédito, tornando as APIs um alvo altamente lucrativo. Um único ataque bem-sucedido a uma API pode resultar no roubo de uma quantidade massiva de dados.

Por fim, a maioria das organizações carece de estratégias de segurança centralizadas e de estruturas de governança para APIs, o que leva a riscos aumentados de exposição de dados. Essa situação é ainda mais complicada pela proliferação de APIs, gerada pelo ritmo acelerado de criação de novas APIs e pelo uso de APIs de código aberto ou de terceiros. Esses fatores podem levar a “APIs fantasmas”, que são APIs esquecidas ou não monitoradas que permanecem ativas e, portanto, são alvos fáceis para os invasores.

Como os ataques à API são diferentes?

Os ataques à API são significativamente diferentes dos ataques cibernéticos convencionais e isso está principalmente relacionado à maneira única como as APIs operam e são usadas dentro dos sistemas de TI.

Os ataques tradicionais muitas vezes se concentram em explorar vulnerabilidades no software, como exploração de buffer overflow ou injeção de SQL. No entanto, com as APIs, os ataques não se limitam a explorar falhas no software, mas se concentram em abusar da lógica de negócios e da aplicação subjacente de cada API. Diferentemente de um sistema de banco de dados ou servidor da web, onde os pontos de entrada e saída são bastante padronizados, cada API é única. Cada uma tem sua própria lógica de negócios, seus próprios dados e seu próprio conjunto de operações.

Os invasores geralmente usam técnicas de reconhecimento para sondar as APIs em busca de vulnerabilidades. Eles exploram a funcionalidade dentro de uma API para obter acesso não autorizado a dados ou recursos, muitas vezes passando despercebidos por ferramentas de segurança tradicionais que procuram padrões de ataque mais convencionais. Isso pode incluir táticas como forçar a funcionalidade inesperada através do envio de solicitações de API mal formadas, tentar adivinhar endpoints de API não documentados ou manipular tokens de autenticação.

Além disso, os ataques à API são geralmente mais discretos do que os ataques convencionais. Um invasor pode realizar um ataque de longo prazo, fazendo solicitações aparentemente legítimas enquanto procura brechas na segurança ou tenta entender melhor a lógica do sistema.

Isso torna os ataques à API particularmente perigosos, pois eles são mais difíceis de detectar e prevenir com as ferramentas e métodos de teste tradicionais. Assim, requer uma abordagem diferente, mais centrada na compreensão da lógica de negócios e da funcionalidade da API, para proteger efetivamente contra esses ataques.

O que é necessário para proteger efetivamente contra ataques à API?

Proteger efetivamente APIs contra ataques requer uma abordagem holística e em camadas para a segurança. Aqui estão alguns elementos chave:

Visibilidade e governança: É essencial ter uma visão clara e uma governança eficaz de todas as APIs. A descoberta automática e contínua de APIs é fundamental para identificar todas as APIs, incluindo APIs fantasma e zumbi, e avaliar seus riscos. Saber quais APIs você possui, quais dados elas expõem e quem tem acesso a elas é a primeira linha de defesa.

Prevenção de ataques com IA: Somente os dados em escala de nuvem, combinados com algoritmos de IA e ML, podem analisar o tráfego de API, detectar anomalias e identificar invasores durante a fase de reconhecimento. As soluções modernas de segurança de API, como a da Salt Security, usam IA para aprender o comportamento normal de uma API e podem, assim, detectar e bloquear comportamentos anômalos ou maliciosos.

Eliminação de futuras lacunas de segurança: As APIs exigem proteção e aprendizado contínuos. Os insights obtidos ao analisar as atividades dos invasores podem ajudar as equipes de desenvolvimento a priorizar e corrigir vulnerabilidades, reduzindo a probabilidade de futuros ataques.

Educação e conscientização: Finalmente, é crucial que as organizações cultivem uma cultura de segurança e eduquem suas equipes sobre a importância da segurança das APIs. Isso deve envolver a formação contínua sobre as melhores práticas de segurança da API, bem como a conscientização sobre os tipos mais recentes de ataques à API e como preveni-los.

A segurança das APIs é imperativa

Nenhuma organização, independentemente de seu tamanho ou do valor de seus dados, está imune a esses ataques. Com a explosão do uso de API e a ampla exposição de dados valiosos, garantir a segurança das APIs tornou-se um componente crucial para a sustentabilidade e crescimento dos negócios. Seja através de uma governança efetiva, visibilidade, aprendizado de máquina ou educação contínua, as organizações devem agir proativamente para se protegerem contra essas ameaças em evolução.

Os ataques à API são diferentes – mas com compreensão, planejamento e as ferramentas certas, eles podem ser efetivamente gerenciados e mitigados. Não importa onde você esteja em sua jornada de segurança de API, é essencial fazer da proteção de suas APIs uma prioridade.

A Salt Security é pioneira na proteção de APIs e se dedica a defender e educar o mercado sobre questões e tendências de segurança de API, com uma solução de ponta que usa IA para proteger as APIs contra ataques e fornecer insights valiosos sobre atividades suspeitas.