Todos os segmentos devem ter crescimento positivo até 2022. Maior crescimento, em 2021, virá de dispositivos.
De acordo com a última previsão do Gartner, os gastos mundiais com TI deverão crescer 8,4% em 2021, em relação ao ano passado, alcançando a cifra de US$ 4,1 trilhões. A fonte de fundos para novas iniciativas de negócios digitais virá com mais frequência de departamentos de negócios fora de TI e cobrados como um custo da receita ou custo dos produtos vendidos (CPV).
“A TI não apenas oferece o suporte tradicional às operações corporativas, mas participa totalmente da entrega de valor de negócios”, disse John-David Lovelock, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “Isso não apenas muda a TI de uma função de back-office para a frente de negócios, mas também muda a fonte de financiamento de uma despesa indireta que é mantida, monitorada e às vezes cortada, para o que impulsiona a receita”.
Quais segmentos devem crescer?
A organização prevê que todos os segmentos de gastos de TI devem ter um crescimento positivo até 2022. O maior crescimento, em 2021, virá de dispositivos (14%) e softwares empresariais (10,8%), conforme as organizações mudem seu foco para fornecer um ambiente mais confortável, inovador e produtivo para sua força de trabalho. Os segmentos são seguidos de serviços de TI (9%) e sistemas de data center (7,7%).
Segundo a consultoria, a previsão é embasada na perspectiva de que as empresas estão focando na experiência e no bem-estar do funcionário, impulsionando os investimentos em tecnologia em áreas como software social e plataformas de colaboração e software de gerenciamento de capital humano (HCM).
Quanto à previsão para 2022, dispositivos deverão crescer apenas 3,1%, enquanto o segmento de softwares empresariais deverá manter um nível semelhante de crescimento previsto para este ano, 10,6%.
Embora os esforços de otimização e redução de custos não desapareçam simplesmente porque há mais certeza econômica em 2021, o foco dos CIOs no restante do ano será concluir os planos de negócios digitais que visam aprimorar, estender e transformar a proposta de valor da empresa.
“No ano passado, os gastos com TI assumiram a forma de uma reação ‘instintiva’ para habilitar uma força de trabalho remota em questão de semanas. À medida que o trabalho híbrido se firma, os CIOs se concentrarão em gastos que possibilitem a inovação, não apenas a conclusão de tarefas”, disse Lovelock.
A recuperação entre países, indústrias verticais e segmentos de TI ainda varia significativamente, levando a uma recuperação econômica em formato K. Do ponto de vista da indústria, os gastos bancários e com títulos e seguros se assemelharão aos níveis pré-pandêmicos já em 2021, enquanto o varejo e o transporte não verão a mesma recuperação até perto de 2023, de acordo com o Gartner.
Regionalmente, a América Latina deve se recuperar em 2024, enquanto a China já ultrapassou os níveis de gastos de TI em 2019. Espera-se que a América do Norte e a Europa Ocidental se recuperem no final de 2021.
Fonte: https://bit.ly/3ezgD1J